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A Doença de Parkinson corresponde a uma patologia progressiva que gera comprometimentos motores significativos e dentre estes, déficits de equilíbrio, que correspondem a um dos fatores mais debilitantes nestes indivíduos. Além disso, podem surgir outras alterações que comprometem a qualidade de vida desta população gerando limitações nas atividades de vida diária, perda de relações sociais e lazer. O presente estudo teve como objetivo avaliar o impacto do equilíbrio na qualidade de vida dos indivíduos portadores da doença de Parkinson classificados nos graus I a III da cidade de Formiga-MG. Participaram do estudo 13 indivíduos parkinsonianos recrutados nas UBS’S do município, onde incialmente foi preenchida a ficha de identificação, para a classificação do nível pela escala de Hoeh e Yahr e colhida a assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido pelos participantes. Posteriormente, foi medida a pressão arterial, aplicado o mini-exame do estado mental, o questionário PDQ-39 e por fim a Escala de Equilíbrio de Berg (adaptada). Para análise dos dados foi aplicado o teste Kolmogorov Smirnov para verificar a normalidade das variáveis, e logo após o teste de correlação de Pearson. Os resultados obtidos foram que, no PDQ-39, os indivíduos apresentaram pior percepção da qualidade de vida nos domínios “bem estar emocional”, “desconforto corporal” e “mobilidade”. Em relação a Escala de Equilíbrio de Berg os participantes obtiveram uma média de 37,07% ± 7,22. Não houve correlação significativa entre o escore total do PDQ-39 com a Escala de Equilíbrio de Berg e não houve correlação significativa entre os domínios AVD, mobilidade e desconforto corporal com a Escala de Equilíbrio de Berg. Diante do exposto acima, pode-se concluir, que o equilíbrio não interfere de forma direta na qualidade de vida desta população, porém deve ser realizado uma investigação clínica mais detalhada a estes indivíduos relacionando os diversos fatores que possam interferir na qualidade de vida e utilizar abordagens terapêuticas para o ganho de equilíbrio, que apresentou-se deficitário, aumentando assim a independência e funcionalidade dos mesmos. |
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