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Nas instituições de saúde animal, como: laboratórios, hospitais e clínicas veterinárias, existem muitos fatores que geram perigo ocupacional. A exposição aos riscos não se baseia apenas no contato com o animal, mas em todos os processos diagnósticos e curativos que envolvem os casos clínicos, dependendo ainda da distribuição e frequência com que estes fatores se mostram presentes no ambiente. Dentre os problemas a serem enfrentados no campo da biossegurança destaca-se a falta de controle sobre os riscos advindos de ambientes universitários, apontando que os principais eixos para a estruturação de uma política de biossegurança em saúde integrada é o eixo educacional, denotando a necessidade de inserção do tema nos cursos universitários e técnicos. Especialmente na medicina veterinária existem elevados índices de problemas com estudantes, principalmente relacionados a processos contaminantes e até mesmo ao estresse de trabalho. Assim, aplicou-se questionário estruturado fechado aos alunos do curso de Medicina Veterinária de uma instituição do Centro-Oeste do estado de Minas Gerais, que teve como objetivo apontar o conhecimento dos alunos sobre riscos ocupacionais e a prevalência destes e de suas estratégias de prevenção durante atividades comuns no curso. Após análise de dados, ficou evidente que, apesar dos altos índices de perícia (92,95% conhecem os riscos de se contaminar durante procedimentos e 90,13% sabem da existência de atividades com potencial mutagênico e/ou carcinogênico), muitos alunos são negligentes e imprudentes, apresentando falhas em procedimentos preventivos simples na rotina clínica: apenas 9,62% sempre conferem o mapa de risco; 25% não lavam sempre a mão; 17,95% consomem alimentos dentro do ambiente clínico; dentre outros fatores de riscos que poderiam ser evitados com o uso de Equipamentos de Proteção, que também apresentam déficit de uso: 41,03% não usam sempre proteção em procedimentos usuais e 30,77% não o usam sempre em atividades que utilizam radiação ionizante. Estes, e todos os outros conjuntos de fatores que expõem o aluno a riscos, inclusive de cunho biológico e químico, e que compõem a rotina da graduação, tornam o ambiente fisicamente e psicologicamente estressante, segundo 60,26% e 66,03 dos alunos respectivamente, seja em graus maiores ou menores. Assim, por meio do relato e da conscientização, desde a graduação, pode ser possível propor e reforçar ideias ligadas à biossegurança, a fim de formar profissionais que visem manter não só a saúde dos pacientes, mas também saúde pessoal; populacional e ambiental. |
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