Resumo:
A avicultura industrial brasileira destaca-se no mercado mundial devido sua alta competitividade e sua eficiência no sistema de produção. Assim, com o intuito de aumentar a eficiência na conversão alimentar, diminuir o tempo de alojamento e taxa de mortalidade das aves foram criados sistemas de climatização como o “Dark House”. O objetivo do presente estudo foi avaliar a influência que a temperatura e umidade relativa do ar exercem sobre o ganho de peso das aves criadas em galpão “Dark House” na fase inicial (idade de 7-14 dias) e na fase de crescimento (idade de 28-42 dias). Os dados foram coletados em um aviário de pressão negativa, estilo “Dark House”, na cidade de Itapecerica, MG, Brasil, através do sistema gestão AG AVES (Agrisolus® - Campo Mourão, Paraná, Brasil). Foram avaliados cinco grupos de frangos: Lote 6 (34.400 aves) Lote 7 (35.650 aves), Lote 8 (32.860 aves), Lote 10 (33.900 aves) e Lote 11 (32.360 aves) compostos por aves da linhagem Cobb SLOW 500 (Gallus gallus domensticus), alojadas no período de junho de 2018 a maio de 2019. Os parâmetros avaliados foram: temperatura (°C - graus celsius), umidade relativa do ar (%) e ganho de peso diário (gramas). A temperatura e umidade foram medidas por três sondas, distribuídas a 37m, 75m e 112m da entrada de ar do aviário, que registravam os valores presentes no interior do aviário durante 24h/dia. A pesagem dos animais foi realizada por duas balanças (Agrisolus®, Campo Mourão, Paraná, Brasil) onde registravam os pesos das aves, à medida que as aves subiam em sua plataforma, e em seguida enviados para o sistema de gestão da AG AVES (Agrisolus®, Campo Mourão, Paraná, Brasil). Para análise estatística foi utilizado o programa GraphPad Prism 6.0 pelo método de comparação de médias One-way ANOVA (p<0,05). Nos resultados observamos que o lote 11 apresentou diferença (p<0,05) quando comparado aos lotes 7, 8, 10 em relação à variação de temperatura de aves de sete a 14 dias. Já em relação ao lote 7, houve diferença quando comparado aos lotes 6, 8, 10 e 11 (p<0,05) em relação a umidade relativa para aves de sete a 14 dias. O lote 11 apresentou diferença (p<0,05) quando comparado aos lotes 6, 7, 8 e 10 em relação a variação de temperatura do aviário de aves de 28 a 42 dias. Os lotes 6 e 7 apresentaram diferença (p<0,01) comparados aos lotes 8, 10 e 11 em relação a umidade relativa do aviário para aves de 28 a 42 dias. Conclui-se que houve variação de temperatura e umidade relativa na fase inicial e final de criação das aves, justificado pelo período do ano em que os lotes foram alojados, parâmetros climáticos e a idade contribuírem para a qualidade e criação do manejo de frangos em sistemas artificiais. Assim, a condição ambiental deve ser manejada com vista à permanência dos animais na faixa de conforto térmico em que os sistemas de regulação de temperatura atuem com menor gasto de energia, resultando em ganho de peso e conversão alimentar eficiente.