Abstract:
O presente estudo realiza uma reflexão crítico-dialética sobre a utilização das principais teorias motivacionais como estratégias para a manutenção da acumulação capitalista e a relação que pode ser estabelecida entre a proliferação destas teorias e o modelo de gestão do trabalho adotado pelo toyotismo. Para isso, fez-se necessário compreender o papel cumprido pelo trabalho na produção de bens materiais e ideológicos, e como estes últimos servem de justificação para a manutenção das relações de exploração da mão de obra do trabalhador. Em sequência, procurou-se analisar as justificativas que envolvem a utilização das teorias motivacionais na mediação dos conflitos de classes que ocorrem no âmbito das organizações, de modo a entender se a mediação é de fato promovida ou se a maneira como estas teorias são usadas apenas dissimulam a existência destes conflitos. Para averiguar as questões aqui apresentadas, utilizou-se a pesquisa bibliográfica, de caráter exploratório, com abordagem qualitativa e respaldo teórico na perspectiva marxista