Resumo:
Uma das causas mais comuns de falhas em programas de reprodução é a cobertura da cadela no período indevido e determinar o momento da ovulação é necessário para a obtenção de resultados satisfatórios. O presente trabalho objetivou avaliar a correlação entre sinais clínicos, citologia vaginal e dosagem sérica de progesterona no diagnóstico de ovulação em cadelas. Foram avaliados dados de 36 cadelas levadas para a clínica para realizar inseminação artificial. Observou que o intervalo de tempo entre o início dos sinais clínicos de proestro e a detecção das fases de estro e diestro pela citologia vaginal foi semelhante, a “contagem de dias” após início dos sinais clínicos de cio não é um parâmetro preciso para classificação das fases do ciclo estral. A amplitude de variação entre o início dos sinais clínicos de proestro e a ovulação foi grande. Existe uma baixa correlação entre os resultados da citologia vaginal e dosagem de progesterona, especialmente quando a progesterona encontra-se abaixo de 2ng/mL e acima de 10ng/mL. Nas faixas de progesterona correspondentes ao pico de LH e a ovulação, a citologia apontou sempre estro, entretanto, as citologias de estro não foram exclusivas das faixas de progesterona correspondentes ao pico de LH e a ovulação. Nota-se que a progesterona tem uma melhor precisão na determinação dos eventos ovarianos (pico de LH e ovulação), quando comparada a citologia vaginal. Concluímos que existe uma ampla variação entre a data início dos sinais clínicos, o resultado da citologia vaginal e a dosagem sérica de progesterona. Todos parâmetros podem ser utilizados para detecção do período fértil, entretanto a data de início dos sinais clínicos de proestro, o resultado da citologia vaginal e a dosagem sérica de progesterona, tem, nesta ordem, precisão crescente e um melhor resultado pode ser obtido quando associados os três parâmetros.