Resumo:
A Hiperqueratose do teto é a hiperplasia do estrato córneo da pele ocasionada por lesões crônicas durante a ordenha mecânica, classificado como normal o grau 1, leve o grau 2, grave o grau 3 e muito grave o grau 4. Objetivo deste trabalho foi analisar a relação entre fatores de manejo de ordenha, regulagem do equipamento de ordenha, número de lactações, dias em lactação e posição anatômica do teto no grau de hiperqueratose do rebanho leiteiro de 5 fazendas no município de Piumhi-MG. Os dados não paramétricos foram avaliados pelos testes Kruskal-Wallis e Qui Quadrado de Pearson, e os dados paramétricos pela ANOVA seguida de teste t de Student. Todos os testes forma realizados no programa BioEstat 5.0, com grau de significância p < 0,05. Os dados foram representados em forma de tabelas e gráficos. Do total de 743 vacas observadas, 40,55% apresentaram hiperqueratose em diferentes graus. O grau 1 foi mais frequentemente observado, seguida do grau 2, e o graus 3 e 4. Foi observado que na fazenda 5, não havia extrator automático; na fazenda 1, 2 e 5 havia baixo tempo de espera de estímulo antes da colocação da teteira; na fazenda 2, 4 e 5 havia tempo excessivo de permanência de teteira após o fim da ejeção do leite, e a fazenda 1 apresentou mais vacas com grau 1 de hiperqueratose que a fazenda 4, e menos vacas com grau 2 do que a fazenda 5. Nas vacas em primeira lactação a frequência de escores 3+4 foi menor que nas vacas em terceira lactação, e observou-se uma tendência do aumento do grau de hiperqueratose com o aumento do número de lactações. Foi observada maior incidência de hiperqueratose grave nos tetos anteriores quando comparados ao posteriores. Concluímos que a hiperqueratose é uma patologia multifatorial, e todo e qualquer fator relacionado ao aumento do desgaste físico do teto durante a ordenha pode levar ao desenvolvimento desta patologia.