Abstract:
O  queijo  Minas  artesanal  foi  declarado  pelo  IPHAN,  como  patrimônio  cultural  imaterial  brasileiro  em  Maio  de  2008,  sendo  muito  procurado  por  apreciadores  e  possui  um  processo  de  cura  que  dura  em  média  de  quatro  a  vinte  dois  dias  sendo essa maturação  o  principal  motivo  pelo  qual  os consumidores  procurarem por  este queijo, por  conferir  ao  queijo  um  sabor  mais  pronunciado  e  também  uma massa firme  e  seca.  O  objetivo  geral  deste  trabalho  foi  analisar  os  principais micro-organismos  indesejáveis  encontrados  pelo  IMA  em  37  amostras  de  queijos  Minas artesanais, no ano de 2016 (entre abril e dezembro), da cidade de Medeiros-MG. Os métodos  utilizados  foram  os  que  o  IMA  preconiza  e  estão  descritos  na Instrução Normativa  nº62  (26/08/2003,  MAPA).  Os  limites  definidos  pelo IMA  baseiam-se  na Portaria  Nº  146,  de  07  de  março  1996  (MAPA),  para Salmonella spp.  e Listeria monocytogenes  e no Decreto 44.864, de 01/08/2008 (IMA), para coliformes a 30 e 45ºC. Os resultados de 37 amostras foram todas negativas (ausência em 25g) para Listeria  monocytogenes e Salmonella spp. Cinco  amostras apresentaram limites acima, pelas   legislações   supracitadas para   Staphylococcus spp.,  seis   para coliformes a 30ºC e três para coliformes a 45ºC. Pode-se concluir que as populações de micro-organismos indesejáveis mais encontradas nas amostras foram coliformes a  30ºC  e Staphylococcus spp. A  ausência de Listeria  monocytogenes  e  Salmonella spp. pode  ter  relação  com o fato  de  as  amostras  apresentarem  22  dias  de maturação.